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Língua Portuguesa - Primeiros anos - Atividades

  • CEASP
  • 8 de abr. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 7 de jul. de 2020

Colégio Estadual Antonio dos Santos Paim

Disciplina: Língua portuguesa e Literatura Brasileira

Profa.: Eliene Silva - Data: 08/04/2020


Atividade

1) Leia o Texto 1: “O Paraíso Pacifista”, de Leandro Karnal. Em seguida, use o seu caderno para responder às seguintes questões:

O Paraíso Pacifista

O quadro pintado é idílico. Somos uma terra sem terremotos e furacões. Sem guerras civis nem fundamentalismos extremados que levam a genocídios. Somos pacíficos. Não violentos. Não somos agressivos. Não odiamos. Não somos preconceituosos. Não somos racistas. Esse quadro não resiste ao teste da história. É uma de nossas ilusões, criada e sustentada ao longo de séculos.


Para começo de conversa, tivemos durante a nossa história dezenas de guerras civis, a diferença é que nunca usamos essa expressão para defini-las. Lembremo-nos de algumas delas. Abrilada, movimento de Pernambuco em 1824. Cabanagem, ou Guerra dos Cabanos, no Pará de 1835-1840. Sabinada, movimento na Bahia entre 1837 e 1838. Balaiada, revolta ocorrida entre 1838 e 1841 no Maranhão. Revoltas liberais de 1842, os movimentos sediciosos organizados pelo Partido Liberal em várias partes do Brasil. Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul, em 1835. Esta, a maior de todas, durou uma década, rachou o país em três Estados (o Império, a República Rio-grandense e a República Juliana) e vitimou mais de 3 mil pessoas. No século XX, aconteceu a Revolução Constitucionalista de São Paulo, em 1932.


Cada um deles prosseguiu à sua maneira, mas foram todos movimentos de uma província, de um estado, contra o centro, ou contra medidas centralizadoras. Em vários deles, como no Rio Grande do Sul, chegaram a ter Proclamação da República e projeto de separação do estado em relação ao restante do país. Em outros casos, com mortos, guerra e até genocídio, como o que ocorreu no Maranhão durante a Balaiada, ou entre Santa Catarina e Paraná no início do século XX, durante o Contestado. Choques violentos, mortes, medo, perturbação.


Em qualquer outro país do mundo, chamaríamos isso de guerra civil. Aqui, não. Aqui evitamos usar tal expressão. Guerras civis existiram na Argentina, no México ou nos Estados Unidos. Guerra civil virou uma instituição na Colômbia, tão forte que os colombianos chegaram a usar “Guerra do los Mil Días”, entre o fim do século XIX e início do século XX, para separar uma guerra civil de outra.


Enquanto nós, brasileiros, fugimos do uso da expressão, os norte-americanos fundaram sua nacionalidade por meio da guerra: primeiro uma guerra contra o Império Britânico, depois uma guerra entre o norte e o sul do país, depois contra o México e contra indígenas, contra alemães, contra comunistas e contra fundamentalistas religiosos. Mas nós rejeitamos a ideia, o conceito e o nome. Rejeitamos e suavizamos o conflito, afirmando: “os gaúchos queriam mesmo era a defesa de sua dignidade”; “o que os paulistas desejavam era uma Constituição”; “os cabanos lutavam por igualdade social”. Ninguém lutou por ódio.

[...].



(KARNAL, Leandro. Todos contra todos: o ódio nosso de cada dia. Rio de Janeiro: LeYa, 2017)


a) Retorne ao texto, anote as palavras destacadas em vermelho, pesquise o significado delas num dicionário online e anote-os no caderno.


b) Com base nas ideias apresentadas no texto, comprove a ironia presente no título do texto e no período “Ninguém lutou por ódio.”


b) Transcreva, indicando a linha, um excerto em que o autor mostre a inconsistência da crença de que, no Brasil, não houve guerra civil.


c) Como você resumiria a ideia principal desse texto? Pense um pouco sobre isso, grave um áudio curto com a sua resposta e compartilhe-a com seus colegas de turma no grupo de whatsapp. Quando a maior parte dos colegas tiver mandado suas respostas, conversem entre si sobre quais pontos das respostas dos colegas vocês concordam e discordam e, em seguida, escolham uma resposta que acreditam estar mais completa e coerente com o texto. O líder da turma deverá encaminhar a resposta escolhida pela maioria para a professora.

2) Examine o cartum abaixo e responda às questões:



ree


(FUVEST – 2018/ adaptada) O efeito de humor presente no cartum decorre, principalmente, da

a) Dificuldade do personagem no reconhecimento do idioma a ser usado naquele contexto.

b) Dificuldade do aplicativo para captar o comando dado pelo personagem.

c) Falta de discernimento com as palavras na variação de contexto sociocomunicativo.

d) Discrepância entre situar-se geograficamente e dominar o idioma local.

e) Dificuldade de ajustar o aparelho para usar a referência do idioma local.


OBS: Se tiverem dificuldade de responder a questão 2, sugiro que pesquisem o significado das palavras discernimento, sociocomunicativo e discrepância.

3) Leia o Texto 2, de Arnold Hauser e responda às questões abaixo:

Teorias da arte, de Arnold Hauser (adaptado)

Uma obra de arte é um desafio; não a explicamos, ajustamo-nos a ela. Ao interpretá-la, fazemos uso dos nossos próprios objetivos e esforços, dotamo-la de um significado que tem sua origem nos nossos próprios modos de viver e de pensar. Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte moderna.


As obras de arte, porém, são como altitudes inacessíveis. Não nos dirigimos a elas diretamente, mas contornamo-las. Cada geração as vê sob um ângulo diferente e sob uma nova visão; nem se deve supor que um ponto de vista mais recente é mais eficiente do que um anterior. Cada aspecto surge na sua altura própria, que não pode ser antecipada nem prolongada; e, todavia, o seu significado não está perdido porque o significado que uma obra assume para uma geração posterior é o resultado de uma série completa de interpretações anteriores.

(FUVEST – 2018/ adaptada) De acordo com o texto, a compreensão do significado de uma obra de arte pressupõe o (a)

a) reconhecimento de seu significado intrínseco.

b) exclusividade do ponto de vista mais recente.

c) consideração de seu caráter imutável.

d) acúmulo de interpretações anteriores.

e) explicação definitiva de seu sentido.

No trecho “Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte moderna” (L. 5 - 6), as expressões sublinhadas podem ser substituídas, sem prejuízo do sentido do texto, respectivamente, por

a) realmente; portanto.

b) invariavelmente; ainda.

c) com efeito; todavia.

d) com segurança; também.

e) possivelmente; até.


Qualquer dúvida, me chamem no whatsapp ou perguntem aqui embaixo, nos comentários.

 
 
 

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